Ruzene quer exportar arroz preto para os árabes

Empresa de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, produz dezesseis variedades do grão, mas se especializou no preto.

São Paulo – A empresa Ruzene quer exportar arroz para os países árabes. Há quinze anos, a companhia familiar com sede em Guaratinguetá, no interior paulista, se especializa na produção de arroz preto, que hoje equivale a um terço de todo o cultivo. Outras quinze variedades do grão, como vermelho, mini arroz branco e integral, piaguí (mini arroz preto), cateto e arbório também são plantadas na fazenda de trezentos hectares.

Há três anos, a empresa começou a exportar seus produtos. Primeiro para a França, depois para os Estados Unidos. “Foram compras isoladas, vendemos quinze toneladas para os Estados Unidos dois anos atrás, de arroz preto, vermelho e mini arroz”, disse o rizicultor José Francisco Ruzene, mais conhecido como Chicão, à ANBA.

Segundo ele, há um comprador da Arábia Saudita interessado e a Tunísia também está sendo estudada como possível destino. “Um representante nosso trouxe um árabe [saudita] para conhecer a fazenda e os produtos cerca de um mês atrás, nós demos algumas amostras para ele e estamos em fase de negociação”, contou.

A Ruzene está presente em todos os estados brasileiros. Para o empresário, o mercado externo é uma importante opção de venda. “Se conseguirmos um parceiro no Oriente Médio vai ser muito bom para nós, precisamos de um representante para concretizar alguns negócios”, declarou.

Ano passado, a fazenda produziu 900 toneladas de arroz preto e 500 toneladas das outras variedades. Para este ano, a previsão é aumentar em 100 toneladas o total colhido.

O arroz preto é integral e tem 30% mais fibras e 20% mais proteína que o arroz branco. “De alguns anos para cá, a cultura vem mudando aqui no Brasil e no mundo, os brasileiros estão valorizando mais o produto nacional e estão mais preocupados com a alimentação saudável”, avaliou Chicão.

O quilo do arroz preto custa R$ 25, enquanto o do arroz branco custa R$ 3,00. Segundo Chicão, o arroz preto nunca vai tomar o espaço do arroz branco. “É um produto diferente, mais valorizado, para pessoas mais preocupadas com a alimentação, geralmente de classe média-alta”, explicou. Para os amantes de arroz, Chicão afirmou que o arroz preto é uma opção de maior qualidade e um sucesso em qualquer receita. Os arrozes da Ruzene são produzidos dentro das normas do Ministério da Agricultura e um engenheiro agrônomo supervisiona toda a produção.

Fonte: https://anba.com.br