Guedes defende maior integração e aumento do fluxo de comércio do Brasil no cenário internacional

Ministro participou hoje (13/11) do seminário “NDB e o Brasil: Parceria Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável”, em Brasília

Publicado: 13/11/2019

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil busca aumentar o nível de integração com outros países e também o fluxo de comércio e das cadeias globais de valor. “ Nós estamos conversando sobre como aumentar o fluxo de comércio e como aumentar o fluxo de investimentos e a cooperação estratégica do Brasil com os demais países “, afirmou o ministro durante a abertura do seminário “NDB e o Brasil: Parceria Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável”, nesta quarta-feira (13/11), em Brasília. O NDB é o Banco de Desenvolvimento do BRICS, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Guedes afirmou que o Brasil trabalha para que o aumento do fluxo de comércio venha acompanhado também de maior fluxo financeiro. “Não queremos apenas maiores fluxos de comércio. Queremos também maior fluxo financeiro. Queremos que essas parcerias tenham um maior impacto social no Brasil, aumentando a qualidade de vida e o poder de compra da população brasileira”, afirmou ao defender a maior integração das cadeias globais de valor.

Segundo o ministro, a integração deve abranger três níveis: comercial, investimentos e digital. ” O que mais precisamos hoje: investimento, investimento e investimento. O que vamos precisar no futuro: tecnologia, tecnologia e tecnologia”, enfatizou o ministro.

Investimentos no Brasil
O presidente do NDB, Kundapur Vaman Kamath, por sua vez, afirmou que “espera alcançar a meta de 4 a 5 bilhões de dólares em projetos aprovados até o final do próximo ano”. Atualmente, a carteira com o Brasil é de US$ 1,4 bilhões, 44% com setor público e 56% com o setor privado”, acrescentou o presidente do banco.

China e Índia
Ao comentar as relações entre Brasil e a China, o ministro explicou que “ o fluxo de comercio do Brasil com a China, por exemplo, era de US$ 2 bilhões de dólares na virada do século, hoje estamos negociando US 100 bilhões de dólares. É o nosso mais importante parceiro comercial, estávamos conversando sobre como podemos aumentar esse grau de cooperação”, disse.

Sobre as relações com a Índia, Guedes explicou que nosso fluxo comercial com o país ainda é pouco, mas o Brasil quer ampliar a integração com o país. “ Nós estamos conversando sobre como aumentar o fluxo de comércio e como aumentar o fluxo de investimentos. Nós temos Programa de Parceria de Investimentos (PPI), concessões, portos, aumentar investimento e a cooperação estratégica, tudo isso com possibilidades de financiamento do NDB”.

Seminário
O seminário discutiu entre outros temas oportunidades de investimento de infraestrutura no Brasil; papel do setor empresarial e sua relação com NDB nos futuros projetos de financiamentos no Brasil; objetivos e atuação com a abertura do novo escritório regional do NDB no Brasil; áreas-chave de operações do NDB e seus impactos, modalidades de financiamento, análise de risco dos investimentos. Um dos objetivos do evento foi difundir a atuação do banco e seu potencial de contribuição para o financiamento de projetos no Brasil e de aproximá-lo dos setores público e empresarial.

Durante o evento, ocorreu também a assinatura do memorando de entendimento entre o NDB e o BNDES.
Participaram da abertura do seminário hoje o secretário de Comercio Exterior e Assuntos Econômicos das Relações Exteriores, embaixador Norberto Moretti; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o presidente do BNDES, Gustavo Montezano; o presidente do NDB, Kundapur Vaman Kamath; a diretora-geral do Instituto Rio Branco, embaixadora Stela Pompeu; e o presidente da Fundação Alexandre Gusmão, ministro Roberto Goidanech.

O evento também teve a participação dos secretários do Ministério da Economia: o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, no encerramento; e do secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior, Carlos Pio; e do secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes.

Fonte: economia.gov.br